quinta-feira, 5 de julho de 2012

Condições Mínimas para o uso da Sala de Informática

Ao grupo 2, composto pelas professoras Ângela Maria, Conceição Rabelo, Erivânia Rabelo,  Inara Nogueira, Lúcia Girão, Maeli Muniz e Naeilha Rabelo, coube o tema Condições Mínimas para o uso da Sala de Informática.
Temos ciência que apenas a Sala de Informática não é o bastante para que o Laboratório funcione. Sabemos ser necessário ter um Professor-Orientador disposto a assumir esta empreitada, pois termos o recurso, mas não termos a quem recorrer e orientar não chegaremos a lugar nenhum.
Essa é a realidade de nossas escolas: muitas equipadas, outras até com acesso a  internet, porém sem um profissional capacitado e disposto a assumir tal função.
Precisamos começar a usar o computador como ferramenta, de modo que a Sala de Informática seja mais um recurso a ser utilizado de forma pedagógica.



by Inara Nogueira

domingo, 1 de julho de 2012

Inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nas Escolas



No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gênesis 1, 1 – 5, 27)

Caminhando a passos largos, o homem se viu em sociedade, dispondo apenas da linguagem oral para transmitir seus conhecimentos. Com o desenvolvimento da intelectualidade, a vida se tornou mais complexa. Fala e memorização tornaram-se insuficientes para investigar os inúmeros dados da vida cotidiana e sócio-econômica.
A invenção da escrita transformou de forma significativa a vida do ser humano, pois a partir dela o mesmo pôde expressar e registrar seus conhecimentos através de uma nova maneira.
Passado o tempo, a escrita não perdeu sua importância, apesar de todos os avanços tecnológicos ocorridos nos séculos XX e XXI. Atualmente, dizem estarmos na era da informática. Citando David Weinberger

Não estamos na era da informação. Não estamos na era da Internet. Nós estamos na era das conexões. Ser conectado está no cerne da nossa democracia e nossa economia. Quanto maior e melhor forem essas conexões, mais forte serão nossos governos, negócios, ciência, cultura, educação...

Enquanto professores não podemos estar fora deste processo, uma vez que nos depararmos, constantemente, com alunos que utilizam celulares ‘top de linha’, conectando-se as redes sociais e até mesmo com conhecimentos tecnológicos ainda não sabido por nós.
Em plena era das conexões, a internet é o veículo onde a informação é processada em tempo real, de uma forma interligada e globalizada. Quando o educando se depara com um texto escrito num microcomputador, incondicionalmente busca conhecer o conteúdo desse texto, seguindo logicamente seu interesse. Inúmeras são as janelas abertas...
O certo é que o uso da tecnologia nas escolas apresentava-se para o professor como um risco de sua exclusão do processo ensino-aprendizagem, em decorrência do perigo de massificação do ensino, além de acelerar os estágios de aprendizagem. Atualmente, há concordância sobre o fato de que a informática deve ser incorporada ao processo educacional.
Citando Hugo Assmann, não basta educar a massa trabalhadora para alimentar a máquina produtiva, é preciso educar para provocar indignação frente à aceitação conformista da relação tecnologia X exclusão. É preciso formar cidadãos aptos a construir uma sociedade solidária, principalmente quando se considera que uma sociedade sensivelmente solidária precisa ser permanentemente reconstruída. Cada geração precisa aprender a dar valor à solidariedade.

A educação para a solidariedade persistente se perspectiva como a mais avançada tarefa social emancipatória. (ASSMANN … 1998, p.21).

O que está em jogo nesse começo de século XXI é o surgimento de uma nova fase da sociedade da informação, iniciada com a popularização da internet e radicalizada com o desenvolvimento da computação sem fio – a partir dos telefones celulares, das redes de acesso à internet sem fio (“Wi-Fi” e “Wi-Max”) e das redes caseiras de proximidade com a tecnologia “bluetooth”. Trata-se de transformações nas práticas sociais, na vivência do espaço urbano e na forma de produzir e consumir informação.
Tais mudanças vêm transformando o mercado de trabalho, e, provocando incertezas como: a garantia de uma sociedade democrática e participativa; o acesso à informação por todos; o aumento das formas de controle e vigilância; o desemprego em massa e mais concentração de renda; a efetivação da segurança pública; o receio de instalação do terror; a formação de uma sociedade com respeito mútuo, com justiça distributiva e sem invasão da privacidade ou massificação.
Para exemplificar, em artigo publicado pela Revista Carta Capital, de 23 de maio de 2011, Gianni Carta aborda o tema da vigilância e do controle da privacidade das pessoas, relatando a situação vivida pelos britânicos, que são observados 24 horas por dia por 1,5 milhão de câmaras de televisão de circuito fechado. Isso vem ocorrendo e é legalizado pelo governo. Há, ainda, várias outras maneiras de se perder a privacidade: os bancos estão a par de nossa trajetória financeira; a companhia telefônica sabe para quem ligamos e quanto tempo falamos; os canais de televisão sabem quais nossos programas prediletos e quanto tempo passamos em frente do televisor.
Reconhecemos a importância que o avanço tecnológico acarretou e as inúmeras possibilidades surgidas, no entanto, ainda nos deparamos com tanta ou mais miséria, além de situações como as acima descritas.
Portanto toda essa tecnologia não produziu os efeitos desejados, uma vez que é do âmbito da política aquilo que vai se tornar realidade. Assim, urge a necessidade de formarmos sujeitos para a tecnodemocracia, de pensarmos em alfabetização tecnológica para todos.
Percebemos que a sociedade está mais atenta a esta necessidade, de forma que as escolas passaram a ser equipadas, propondo-se projetos de inclusão digital como forma de ampliar o acesso aos nossos educandos.
Como o número de escolas com internet era muito baixo, o governo Brasileiro lançou o Programa Banda Larga na Escola, objetivando ter todos os alunos das escolas públicas, na área urbana, acesso à internet banda larga.
Reafirmamos a necessidade do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nos processos educativos, mas isto só não basta, precisamos criar posturas autônomas e críticas de aprendizado sobre a tecnologia. Sujeitos críticos, criativos e cuidantas é o propósito final.
Por fim, temos consciência dos prós e contra deste processo. Via de regra, precisamos reverter esse quadro a nosso favor, fazendo bom uso das tecnologias na escola, de forma a: redefinir o currículo escolar; definir a orientação da prática pedagógica; observar os tipos de software educacional; formar professores; organizar a distribuição e uso dos recursos computacionais; contribuir para a valorização dos educadores e para seu reencantamento pelo ato de educar.
Com certeza, isto é possível.



by Inara Nogueira